quinta-feira, 26 de abril de 2012

Nasa inaugura edifício público high tech mais verde dos EUA

Na última sexta-feira a Nasa inaugurou oficialmente o edifício público high tech mais verde dos EUA. Localizado em Mountain View, na Califórnia o prédio servirá como centro de testes em inovação e tecnologias limpas da agência.

A nova base possui painéis solares, turbinas eólicas, células de combustível de óxido sólido, unidades auxiliares de geração de eletricidade e cinco mil sensores de calor e fluxo de ar que regulam, automaticamente, a abertura e fechamento das janelas nos seus dois andares. O mesmo software mede os níveis de dióxido de carbono, refrigeração, ruídos e iluminação dentro das salas. Maximizar o uso de luz natural é uma prioridade do projeto: a expectativa é que, ao longo de um ano, a conta de luz represente o montante gasto durante apenas 40 dias.
Projetado pelo escritório de arquitetura William McDonough + Partners, especializado em eco design, o edifício será a estação de trabalho de 210 funcionários da Nasa.
Fonte: Exame.com

Instituto Ideal lança Selo Solar para empresas


Visando estimular o uso da energia solar no Brasil, o Instituto Ideal, lançou hoje 24 de abril o selo de certificação destinado a empresas que fazem uso dessa fonte alternativa. O selo foi desenvolvido em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e conta com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento por meio da Deutsche Gesellschaf  für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
A iniciativa foi lançada durante o terceiro seminário anual Energia+Limpa: Conhecimento, Sustentabilidade e Integração, promovido pelo Instituto Ideal em Florianópolis, Santa Catarina, no centro de eventos da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
Ao final do seminário, os organizadores vão preparar um documento com as ideias discutidas no “Energia+Limpa” para ser entregue aos organizadores da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho.
Fonte: Eco Desenvolvimento

Fotovoltaica



ENERGIA FOTOVOLTAICA NA ARQUITETURA

No Brasil, o meio acadêmico sai na frente não apenas na pesquisa, como também na implantação de projetos com uso de energia fotovoltaica

Cobertura do prédio administrativo do Instituto de Eletrotécnica da USP ganhou painéis fotovoltaicos
No Brasil, os primeiros passos
A experiência bem-sucedida de alguns países europeus com o uso dessa fonte de energia renovável e limpa, aliada à crescente crise energética mundial, incentiva projetos com sistemas fotovoltaicos em universidades brasileiras. Fora do círculo acadêmico, no entanto, eles ainda constituem objeto de desejo para o mercado.
A crise de energia que gerou o apagão em várias regiões do país, em 2001, foi um dos sinais da necessidade de buscar novas fontes de fornecimento. No Brasil, o meio acadêmico sai na frente não apenas na pesquisa, como na elaboração de programas de incentivo. O Laboratório de Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (Labsolar/UFSC), que há alguns anos pesquisa e aplica essa tecnologia, vem desenvolvendo os projetos Estádios Solares e Aeroportos Solares, em parceria com o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal) e com a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), no caso das instalações aéreas, que já têm como projeto piloto o novo terminal de passageiros de Florianópolis.
Além disso, um convênio de transferência tecnológica entre Brasil e Alemanha na área energética, assinado no ano passado, tem incentivado encontros para auxiliar na formulação de políticas de apoio mútuo. Presente em uma dessas reuniões, na cidade de Colônia, em que a pauta era energia elétrica, Ricardo Rüther, coordenador do Labsolar e diretor técnico do Ideal, afirmou que “os aeroportos são uma ótima vitrine para demonstrar a tecnologia fotovoltaica e, ao mesmo tempo, compensar um pouco das emissões de CO2 relacionadas à aviação comercial”. Em uma viagem de ida e volta Florianópolis-Brasília, exemplifica Rüther, cada passageiro é responsável pela emissão de cerca de 680 quilos de CO2 na atmosfera, o que corresponde a quase 40 reais (considerando a cotação internacional dos créditos de carbono, adotada em programa para a redução do efeito estufa no planeta). Para que o aeroporto de Florianópolis ficasse completamente abastecido por energia solar, bastaria que, ao longo de um ano, cada um dos mais de 100 milhões de passageiros aéreos no Brasil pagasse menos de 25 centavos.
Aproveitando a demanda por instalações esportivas, que virá com a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, os pesquisadores também trabalham para alinhavar o projeto Estádios Solares, que propõe a implantação de módulos fotovoltaicos nas coberturas, a exemplo do que vem ocorrendo na Alemanha e em outros países europeus. “Estamos na fase de produção piloto, domínio de tecnologia, sem produção comercial significativa”, observa Trajano Viana, pesquisador do Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE), da Universidade Federal de Santa Catarina. Em novembro de 2008, a UFSC sediou o 2º Congresso Brasileiro de Energia Solar, mais uma prova do interesse em aproveitar esse recurso natural como fonte de calor e de geração de eletricidade.
EXPERIMENTO NO IEE
Em São Paulo, o prédio administrativo do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE/USP) ganhou painéis fotovoltaicos, com potência nominal de 12 quilowatts, instalados em 120 metros quadrados de sua fachada. O sistema produz, em média, 50% das necessidades de energia elétrica da edificação, cuja demanda nos dias de semana é de cem quilowatts-hora. Aos sábados e domingos, o excedente é injetado na rede elétrica. Integrados na fachada como elementos construtivos, os módulos fotovoltaicos produzem energia, reduzem a carga térmica do prédio e também funcionam como brises.
O sistema conectado à rede (on-grid) não permite acúmulo de energia em bateria - se não for consumida, a eletricidade é devolvida automaticamente à rede. Nos países onde essa tecnologia é bem desenvolvida, o ponto de conexão da energia fotovoltaica ocorre antes do contador, fora da instalação da residência. Dessa forma, não há redução de consumo do ponto de vista da concessionária, mas o proprietário do sistema recebe uma tarifa prêmio por quilowatt-hora produzido com o sistema solar, chegando a cinco vezes mais que o valor da tarifa média de referência. “Essas bonificações são uma forma de incentivar os sistemas conectados às redes elétricas”, observa Roberto Zilles, professor do IEE.
Instalação em edifício na Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Exemplos de módulos fotovoltaicos
Edifício Bionordica AG, Neumarkt / Alemanha
Placas semitransparentes da Heliodinâmica
Protótipo da Alcoa, com caixilhos da linha Unit
Sistemas fotovoltaicos isolados
Sistemas fotovoltaicos conectados a rede
MERCADO DÁ PEQUENOS PASSOS
Ainda não há demanda do mercado brasileiro para a aplicação de painéis fotovoltaicos em edificações. E a oferta existente é de produtos importados, como os oferecidos pela fabricante alemã Schüco, detentora de tecnologia de ponta em sistemas de fachadas. Mas já há mudanças nesse quadro, e a empresa deu um dos primeiros passos nesse sentido, em 2008, ao criar um Departamento de Energia Solar em sua unidade na Argentina, após pesquisas que apontaram a receptividade para o uso desse tipo de energia em obras residenciais. E há planos de propor a mesma ação para o mercado brasileiro em 2010.
Desde a década de 1990, a Schüco desenvolve tecnologia que possibilita aproveitar a luz solar para a geração de energia elétrica. Os projetos amplamente aplicados em edificações em países europeus incluem estudos que indicam o investimento necessário para gerar a energia fotovoltaica desejada para determinada obra. O pacote tecnológico envolve células fotoelétricas, cabeamento, transformadores e sistemas de integração, que podem ser ligados à fachada, à cobertura de vidro, a brises ou outras partes do edifício. Por serem fechadas, as células fotoelétricas impedem a visibilidade entre áreas internas e externas. Assim, os painéis são utilizados, geralmente, em fachadas cegas ou coberturas. “Caso haja interesse no mercado brasileiro, a empresa pode atender a solicitação num prazo entre 30 e 120 dias”, observa Michael Eidinger, gerente geral da Schüco no Brasil.
A Alcoa, outra grande produtora de sistemas de fachadas, também começa a voltar sua atenção para possíveis movimentos do mercado brasileiro. Na mais recente edição da Fesqua (feira de esquadrias e componentes), realizada no final do ano passado, em São Paulo, a empresa mostrou um protótipo de caixilhos com sistema fotovoltaico, tendo como base uma de suas linhas, a Unit. “Nosso objetivo foi apresentar a tecnologia aqui no Brasil e constatamos que houve grande interesse”, observa Cíntia Figueiredo, coordenadora de novos produtos da Alcoa. Ainda é cedo para detalhar como será o produto final, desenvolvido em parceria com empresas especializadas na tecnologia fotovoltaica, como a Heliodinâmica, fornecedora dos painéis para o protótipo. Apesar da experiência da Alcoa no exterior, onde já oferece os painéis fotovoltaicos entre seus produtos, os estudos para o mercado brasileiro consideram as características regionais, principalmente quanto às tipologias. “Mas é importante frisar que o edifício que vier a utilizar essa tecnologia já deve ser projetado com essa finalidade, o que também envolve a orientação solar e a necessidade de não sofrer sombreamento, entre outros fatores”, explica Cíntia. Ela observa que os painéis fotovoltaicos não devem ser encarados como limitação aos projetos arquitetônicos - ao contrário, como demonstram excelentes exemplos em outros países.
“O mercado brasileiro ainda está por descobrir a energia fotovoltaica. Trata-se de um dos investimentos mais rentáveis e a durabilidade das placas solares fotovoltaicas é de 25 anos, pelo menos”, afirma Bruno Topel, diretor da Heliodinâmica. Pioneira nessa tecnologia no Brasil, a empresa fabrica placas de até 140 Wp para o setor de telecomunicações e para utilização em locais desprovidos de rede elétrica. Em algumas rodovias de São Paulo há painéis em funcionamento, para os sistemas de controle de tráfego, instalados em postes com cerca de seis metros de altura.
“As placas fotovoltaicas fabricadas pela Heliodinâmica podem ser transparentes nos espaços intercelulares, característica que permite a passagem parcial da luz solar e um efeito visual high-tech”, comenta Topel. Esses painéis podem ser aplicados em fachadas, janelas, coberturas ou sacadas e em diversos tamanhos, formatos e acabamentos, de acordo com as exigências do projeto. “Até mesmo a disposição das células fotovoltaicas pode seguir o padrão desejado”, ele acrescenta.
Texto de Cida Paiva
Publicada originalmente em FINESTRA
Edição 56 Março de 2009

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Energia Solar Radiada sobre o Brasil - As diferentes formas e seus subprodutos

Por Augustin T. Woelz
Coordenador de Projetos de Aquecedores Solares de Baixo Custo (ASBC) da Sociedade do Sol
info@sociedadedosol.org.br

O Brasil é o país mais bem ensolarado do planeta. É nossa obrigação fazer o melhor uso desta energia, que se apresenta em várias formas, e de seus subprodutos:

Vento
Resulta do aquecimento da superfície que aquece o ar. Isto produz variação de densidade causando movimentações das massas atmosféricas.
Subproduto: ao incidir sobre geradores eólicos (grandes cata-ventos) é gerada energia elétrica limpa; nosso potencial eólico é 1,5 vezes a do parque elétrico instalado.

Biomassa
Cobertura vegetal da nação.
Subproduto: a vegetação produz álcool, óleo diesel e energia elétrica. Temos potencial para substituir todo o petróleo consumido no Brasil.

Ondas do Mar
Subproduto dos ventos.
Subproduto: tem potencial para decuplicar a energia gerada no país.

Nuvens e Chuvas
Com a radiação, as águas do mar evaporam e geram nuvens que deságuam no continente. O excesso é absorvido pelos rios, lagos e oceanos.
Subproduto: as águas resultantes, guardadas em represas, atuam sobre turbinas e geradores. A hidrelétrica é a principal fonte de energia da nação.

Calor
Usado de várias formas, como aquecer água e ar.
Subproduto: Usando com alta eficiência para aquecer água de banho. Temos tecnologia atender a todos, dado o baixo custo. A aplicação em escala permite substituir 10% da demanda nacional por energia elétrica.

Energia Elétrica Direta
A radiação transforma-se diretamente em energia elétrica ao incidir sobre placas eletrônicas ou fotovoltaicas.
Subproduto: instalando as placas fotovoltaicas sobre 6% da área nacional, poderíamos fornecer toda a energia usada pela humanidade (desafio: alto custo).

Em resumo, energeticamente falando, o Brasil é uma das nações mais importantes da Terra. Atuando do corretamente, parte da solução do aquecimento planetário estará encaminhada.

Saiba mais
www.sociedadedosol.org.br
www.altercoop.com.br
www.energiasrenovaveis.com

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Energia renovável

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A energia renovável é aquela que é obtida de fontes naturais capazes de se regenerar, e, portanto virtualmente inesgotáveis, ao contrário dos recursos não-renováveis. São conhecidas pela imensa quantidade de energia que contêm, e porque são capazes de se regenerar por meios naturais.

Fontes de Energia

As fontes de energia podem ser divididas em dois grupos principais: permanentes (renováveis) e temporários (não-renováveis). Em princípio, as fontes permanentes são aquelas que têm origem solar, de fato, sabe-se que o Sol vai ficar mais tempo do que o da Terra. Ainda assim, o conceito de renovabilidade depende da escala temporal que está a ser utilizado e os padrões de utilização dos recursos.

Assim, são considerados os combustíveis fósseis não-renováveis já que a taxa de utilização é muito superior à taxa de formação do recurso propriamente dito.

Não-Renováveis

Os combustíveis fósseis são fontes não-renováveis: não é possível repor o que gastamos. Em algum momento, vai acabar, e talvez possa ser necessário dispor de milhões de anos de evolução semelhante para contar novamente com eles. São aqueles cujas populações são limitadas e estão sendo devastados com a utilização. As principais são a energia nuclear e combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão).

Renováveis

Os combustíveis renováveis são combustíveis que usam como matéria-prima elementos renováveis para a natureza, como a cana-de-açúcar, utilizada para a fabricação do álcool e também de vários outros vegetais como a mamona utilizada para a fabricação do biodiesel ou outros óleos vegetais que podem ser usados diretamente em motores diesel com algumas adaptações.

Biomassa

A energia da biomassa é a energia que se obtém durante a transformação de produtos de origem animal e vegetal para a produção de energia calorífica e elétrica. Na transformação de resíduos orgânicos é possível obter biocombustíveis, como o biogás, o bioálcool e o biodiesel. A formação de biomassa a partir de energia solar é realizada pelo processo denominado fotossíntese, pelas plantas que, por sua vez, está acionando a cadeia biológica. Através da fotossíntese, plantas que contêm clorofila transformam o dióxido de carbono e a água mineral a partir de produtos sem valor energético, em materiais orgânicos com alto teor energético e, por sua vez, servem de alimento para os outros seres vivos. A biomassa através destes processos armazena a curto prazo a energia solar sob a forma de carbono. A energia armazenada no processo fotossintético pode ser posteriormente transformada em calor, eletricidade ou combustível a partir de plantas, liberando novamente o dióxido de carbono armazenado.

Energia Solar

A energia solar é aquela energia obtida pela luz do Sol, pode ser captada com painéis solares. É uma fonte de vida e de origem da maioria das outras formas de energia na Terra. A cada ano a radiação solar trazida para a terra leva energia equivalente a vários milhares de vezes a quantidade de energia consumida pela humanidade. Escolhendo uma boa radiação solar, esta pode ser transformada em outras formas de energia como calor ou eletricidade usando painéis solares.

Através de coletores solares, a energia solar pode ser transformada em energia térmica, e usando painéis fotovoltaicos a energia luminosa pode ser convertida em energia elétrica. Ambos os processos não têm nada a ver uns com os outros em termos de sua tecnologia. Mesmo assim, as centrais térmicas solares utilizam energia solar térmica a partir de coletores solares para gerar eletricidade.

Há dois componentes na radiação solar: radiação direta e radiação difusa. A radiação direta é a que vem diretamente do sol, sem reflexões ou refrações intermediárias. A difusa, é emitida pelo céu durante o dia, graças aos muitos fenômenos de reflexão e refração da atmosfera solar, nas nuvens, e os restantes elementos do atmosférico e terrestre. A radiação refletida direta pode ser concentrada e de utilização, embora não seja possível concentrar dispersa a luz que vem de todas as direções. No entanto, tanto a radiação direta quanto a radiação difusa são utilizáveis.

É possível diferenciar entre receptores ativos e passivos na qual os primeiros utilizam mecanismos para orientar o sistema receptor rumo ao sol (chamado seguidor) para melhor atrair a radiação direta.

Uma grande vantagem da energia solar é que ele permite a geração de energia, no mesmo local de consumo, através da integração da arquitetura. Assim, poderemos levar a sistemas de geração distribuída, em que quase eliminar completamente as perdas ligadas aos transportes, que representam atualmente cerca de 40% do total, e a dependência energética.

Energia Eólica

A energia eólica é a energia obtida pela ação do vento, ou seja, através da utilização da energia cinética gerada pelas correntes aéreas.

O vento vem da palavra latina aeolicus, pertencente ou relativo à Eolo , deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento. A energia eólica tem sido utilizado desde a Antiguidade para mover os barcos movidos por velas ou operação de máquinas para movimentação das suas fábricas de pás. É uma espécie de energia verde.

A energia eólica está associada com o movimento das massas de ar que movem a partir de zonas de alta pressão do ar para as zonas adjacentes de baixa pressão, com velocidades proporcionais a gradiente de pressão.

Energia Geotérmica

A energia geotérmica é a energia do interior da Terra. A geotermia consiste no aproveitamento de águas quentes e vapores para a produção de eletricidade e calor.

Parte do calor interno da Terra (5.000 °C) chega à crosta terrestre. Em algumas áreas do planeta, próximas à superfície, as águas subterrâneas podem atingir temperaturas de ebulição, e, dessa forma, servir para impulsionar turbinas para eletricidade ou aquecimento. A energia geotérmica é aquela que pode ser obtida pelo homem através do calor dentro da terra. O calor dentro da terra ocorre devido a vários fatores, entre eles o gradiente geotérmico e o calor radiogênico. Geotérmica provém do grego geo, "Terra" e Thermo, "calor", literalmente "calor da Terra".

Energia Maremotriz

A energia dos mares é a energia que se obtém a partir do movimento das ondas, a das marés ou da diferença de temperatura entre os níveis da água do mar. Ocorre devido à força gravitacional entre a Lua, a Terra e o Sol, que causam as marés, ou seja, a diferença de altura média dos mares de acordo com a posição relativa entre estes três astros. Esta diferença de altura pode ser explorada em locais estratégicos como os golfos, baías e estuários que utilizam turbinas hidráulicas na circulação natural da água, junto com os mecanismos de canalização e de depósito, para avançar sobre um eixo. Através da sua ligação a um alternador, o sistema pode ser usado para a geração de eletricidade, transformando, assim, a energia das marés, em energia elétrica, uma energia mais útil e aproveitável.

A energia das marés tem a qualidade de ser renovável como fonte de energia primária não está esgotada pela sua exploração e, é limpa, uma vez que, na transformação de energia não produz poluentes derivados na fase operacional. No entanto, a relação entre a quantidade de energia que pode ser obtida com os atuais meios econômicos e os custos e o impacto ambiental da instalação de dispositivos para o seu processo impediram uma notável proliferação deste tipo de energia.

Outras formas de extrair energia a partir da energia das ondas oceânicas são, a energia produzida pelo movimento das ondas do oceano e de energia devido ao gradiente térmico, que faz uma diferença de temperatura entre as águas superficiais e profundas do oceano.

Energia do Hidrogênio

A energia do hidrogênio é a energia que se obtém da combinação do hidrogênio com o oxigênio produzindo vapor de água e libertando energia que é convertida em eletricidade. Existem alguns veículos que são movidos a hidrogênio.

Vantagens e Desvantagens

Energias Ecológicas

As fontes de energia renováveis são diferentes dos combustíveis fósseis ou centrais nucleares em razão da sua diversidade e abundância. Acredita-se que o Sol irá fornecer estas fontes de energia (radiação solar, vento, chuva, etc.) Ao longo dos próximos quatro bilhões de anos. A primeira vantagem de certa quantidade de recursos energéticos renováveis é que não produzem emissões de gases de efeito estufa nem outras emissões, ao contrário do que acontece com os combustíveis, sejam fósseis ou renováveis. Algumas fontes não emitem dióxido de carbono adicional, exceto aqueles necessários para a construção e operação, e não apresenta quaisquer riscos adicionais, tais como a ameaça nuclear.

No entanto, alguns sistemas de energias renováveis geram problemas ecológicos particulares. Assim, as primeiras turbinas eólicas estavam perigosas para as aves, como as suas lâminas giravam muito rapidamente, enquanto as hidrelétricas podem criar barreiras à migração de certos peixes, um problema grave em muitos rios do mundo (nos rios na região noroeste da América do Norte que desembocam para o Oceano Pacífico, a população de salmão diminuiu drasticamente).

Natureza Difusa

Um problema inerente à energia renovável é o seu caráter difuso, com exceção da energia geotérmica, que, no entanto, só está disponível quando a crosta é fina, como as fontes quentes e gêiseres.

Uma vez que algumas das fontes de energia renováveis proporcionam uma energia de uma relativamente baixa intensidade, distribuídas em grandes áreas, são necessários novos tipos de "centrais" para transformá-los em fontes utilizáveis. Para 1.000 kWh de eletricidade, consumo anual per capita nos países ocidentais, o proprietário de uma casa localizada em uma zona nublada da Europa tem de instalar oito metros quadrados de painéis fotovoltaicos (supondo um rendimento médio de 12,5% da energia).

No entanto, com quatro metros quadrados de coletores solares térmicos, um lar pode chegar muito da energia necessária para a água quente sanitária, porém, devido ao aproveitamento da simultaneidade, os prédios de apartamentos podem alcançar o mesmo retorno com menor superfície de coletores e, sobretudo, com muito menor investimento por agregado familiar.

Irregularidade

A produção de energia elétrica exige uma permanente fonte de energia confiável ou suporte de armazenamento (bomba hidráulica para armazenamento, baterias, futuras pilhas de hidrogênio, etc.). Assim, devido ao elevado custo do armazenamento de energia, um pequeno sistema autônomo é raramente econômico, exceto em situações isoladas, quando a ligação à rede de energia implica custos mais elevados.

Fontes Renováveis Poluentes

Em termos de biomassa, é certo que armazena um ativo de dióxido de carbono, formando a sua massa com ele e liberando o oxigênio de novo, enquanto para queimar novamente, combinam-se o carbono com o oxigênio para formar o dióxido de carbono novamente. Teoricamente o ciclo fechado não teria emissões de dióxido de carbono, apesar das emissões serem o produto de combustão fixo na nova biomassa. Na prática, é empregada a energia poluente no plantio, na colheita e na transformação, pelo que o saldo é negativo.

Além disso, a biomassa não é verdadeiramente inesgotável, mesmo sendo renovável. A sua utilização pode ser feita apenas em casos limitados. Há dúvidas quanto à capacidade da agricultura para fornecer as quantidades de massa vegetal necessário, se esta fonte se popularizar, que está se demonstrando pelo aumento de preços de grãos, devido à sua utilização para a produção de biocombustíveis. Por outro lado, todos os biocombustíveis produzidos produzem maior quantidade de dióxido de carbono por unidade de energia produzida ao equivalente fóssil.

A energia geotérmica é muito restrita, não só geograficamente, mas algumas das suas fontes são consideradas poluentes. Isso ocorre porque a extração de água subterrânea em altas temperaturas geradas pelo arrastar para a superfície de sais minerais indesejáveis e tóxicos.

Diversidade Geográfica

A diversidade geográfica dos recursos é também significativa. Alguns países e regiões são significativamente melhores do que outros recursos, nomeadamente no sector das energias renováveis. Alguns países têm recursos significativos perto dos principais centros de habitação em que a procura de eletricidade é importante. A utilização desses recursos em grande escala requer, no entanto, investimentos consideráveis no tratamento e redes de distribuição, bem como na casa de produção. Além disso, diferentes países têm diferentes potencialidades energéticas, este fator deve ser tido em conta no desenvolvimento das tecnologias a por em prática.

Administração das Redes Elétricas

Se a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis está generalizada, os sistemas de distribuição e transformação não seriam tão grandes distribuidores de eletricidade, mas funcionariam localmente, a fim de equilibrar as necessidades das pequenas comunidades. Os que possuem energia em excesso venderiam aos sectores com déficit, quer dizer, o funcionamento da rede deverá passar de uma "gestão passiva", onde alguns produtores estão ligados e que o sistema é orientado para obter eletricidade "descendente" para o consumidor, para a gestão "ativa", onde alguns produtores são distribuídos na rede que devem monitorar constantemente as entradas e saídas para assegurar o equilíbrio do sistema local. Isso iria exigir grandes mudanças na forma de gerir as redes.

No entanto, a pequena utilização de energias renováveis, o que muitas vezes podem ocorrer no local, reduz a necessidade de ter sistemas de distribuição de eletricidade. Atuais sistemas, raramente e economicamente rentáveis, revelaram que uma família média que tem um sistema solar com armazenamento de energia, e painéis de dimensão suficiente, só tem que recorrer a fontes externas de energia elétrica em algumas horas por semana. Portanto, aqueles que apóiam a energia renovável pensam que a eletricidade dos sistemas de distribuição deveria ser menos importante.

A Integração na Paisagem

Aerogeradores.

Uma desvantagem óbvia da energia renovável é o seu impacto visual sobre o meio ambiente local. Algumas pessoas odeiam a estética de turbinas eólicas e mencionam a conservação da natureza quando se fala das grandes instalações solares elétricas fora das grandes cidades. No entanto, o mundo inteiro encontra charme à vista dos "antigos moinhos de vento", que em seu tempo, eram amostras bem visíveis da tecnologia disponível.

Outros tentam utilizar estas tecnologias de forma eficaz e esteticamente satisfatória: os painéis solares fixos podem duplicar as barreiras anti-ruído ao longo das rodovias, há trechos disponíveis e poderiam então ser completamente substituídos por painéis solares, células fotovoltaicas, de modo que podem ser empregados para pintar as janelas e produzir energia, e assim por diante.

Contraponto

Nem sempre uma forma de energia renovável possui baixo impacto ambiental. As grandes hidroelétricas acarretam em enorme impacto ambiental e social, como é o caso, por exemplo, da Barragem das Três Gargantas, que foi recentemente finalizada na China e que provocou o deslocamento de milhões de pessoas e a inundação de muitos quilômetros quadrados de terras.

 
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